sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Músculos da Mastigação





CARACTERÍSTICAS GERAIS
- São quatro pares de músculos: masséter, temporal, pterigóideo medial e pterigóideo lateral;
- Origem embriológica comum: primeiro par de arcos faríngicos;
- São inervados por ramos da raiz motora do nervo trigêmio (v par craniano) - Nervo Mandibular;
- Associados à dinâmica da ATM, movimentam a mandíbula em diferentes direções e planos;
- Têm origem no crânio e inserção na mandíbula.


01) MASSETÉR ( Fig. 01).


- É o mais potente músculo do corpo, sendo o principal elevador da mandíbula;
- Localiza-se lateralmente na face, recobrindo parcialmente a face externa do ramo ascendente da mandíbula;
- É espesso, curto e retangular, sendo revestido pela fascia massetérica;

- Possui um feixe superficial (maior) e um feixe profundo (menor).


ORIGEM:
- Feixe  Superficial: margem inferior do osso zigomático e arco zigomático, até a sutura zigomático-temporal. (Fig. 02 - VERMELHO);
- Feixe Profundo: margem inferior do arco zigomático, posteriormente à sutura zigomático-temporal (Fig. 02 - VERDE).

INSERÇÃO: 
Ambos os feixes se inserem nos dois terços inferiores da face lateral do ramo ascendente e ângulo mandibular (tuberosidade massetérica) (Fig. 03).

AÇÕES:
- Feixe superficial: elevação e discreta protrusão da mandíbula;
- Feixe profundo: elevação e leve retrusão da mandíbula (fase final do fechamento da mandíbula).



Fig 01. Músculo Masséter - 
feixes: superficial (maior) e
 profundo (menor).
Fig 02. Músculo Masséter origem.
VERMELHO: superficial e
VERDE:profundo.




Fig. 03. Músculo Masséter inserção.





02) TEMPORAL (Fig. 04).

- Músculo em forma de leque, localizado na fossa temporal, situando-se lateralmente no crânio;
- Recoberto pela fascia temporal até a sutura do arco zigomático;
- Possui três feixes de fibras: anteriores (Verticais), médias (oblíquas) e as posteriores (horizontais);
- Os feixes convergem para um tendão espesso que insere-se no processo coronóide, linha oblíqua e crista temporal na mandíbula.




ORIGEM (Fig.05).
- Linhas temporais superiores, médias e inferiores;
- Fossa temporal;
- Face medial da fascia temporal.


INSERÇÃO ( Fig. 06).

- Margens e face medial do processo coronóide da mandíbula;
- Crista temporal da mandíbula.

AÇÕES:
- Elevação da mandíbula - fibras anteriores e médias
- Retrusão da mandíbula - fibras posteriores.

Fig. 04. Músculo Temporal.



Fig. 06. inserção do Músculo Temporal.









Fig. 05. Origem do Músculo Temporal.

03) MÚSCULO PTERIGÓIDEO MEDIAL (Fig 07).
- Músculo retangular que recobre parcialmente a face medial do ramo mandibular;
- forma e características semelhantes ao masseter  sendo sinergista deste, só que menos robusto e menos potente.

ORIGEM (Fig. 08)
- face medial da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide e fossa pterigóide.

INSERÇÃO
- face medial do ângulo da mandíbula (tuberosidade pterigóidea).


Fig. 08 Músculo Pterigóideo Medial, origem.
Fig. 06. Músculo Pterigóideo Medial.












O primeiro a gente nunca esquece!


Esses sim, serão meus companheiros ao longo da vida. Eles caminharão lado a lado comigo, vencendo cada desafio, aliviando dores, devolvendo sorrisos e melhorando a auto estima pessoal e social.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Amamentação e a Odontologia


A amamentação para a mãe significa: proteger, acariciar, ato de amor e realização. Para a criança significa: sugar alimento, saúde e proteção, equilíbrio emocional e futuro. Para ambos significa: prazer, afeto, satisfação, segurança, calor, intimidade e contato corporal.
A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizante, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas ao peito têm melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional.

A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto.

Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo, como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.
Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.
Um exercício muito importante.
Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico dieta importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito. Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.


Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado.
Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.


Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes "encavalados').
Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar "encavalados", aumentando também o processo de cárie.


A amamentação prepara o bebê para a mastigação.
A mamadeira costuma tomar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habituou a essa foi o uso prolongado da mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.


Evitando hábitos prejudiciais.
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosas à fala e à respiração.


Abandonando a mamadeira.
A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando o uso de mamadeira ou "chuquinha".


Prevenindo a cárie.
A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, o odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e com proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acostumarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.
Fonte: Revista da APCD